Santo André |
Depois de quase vinte dias de praia, saímos de Porto seguro com o restinho de gasolina que tínhamos, e rumamos para Eunápolis (em Porto Seguro a gasosa custava 2,99!). Lá, carro abastecido, pegamos a 101 sentido norte por uns 30 km, depois à esquerda, na rodovia 367, que liga Diamantina à 101 (seguindo o Rio Jequitinhonha). Achamos interessante tal estrada, uma vez que tínhamos visto a foz do Jequitinhonha, perto de Belmonte, BA, porque não ver a sua nascente?
A partir de Salto da Divisa, entramos em Minas, e nossos problemas começaram. Quase 200 km de estrada de terra péssima, passando por Jacinto, até chegar a Almenara, já longe da Bahia!
Depois fomos visitar a cidade de Jequitinhonha, e passamos um dia em Itaobim, na casa de um amigo. Depois de Itaobim, sempre na 367, passamos por Itinga, Araçuaí e Minas Novas passando por trechos novos, com longas retas e alguns buracos, mas no geral, estrada boa. Atenção! Depois de Araçuaí, rumo à Diamantina, são mais de 300 kms sem nenhum posto de combustível. A sorte é que levávamos sempre 10 l à mais para esses casos.
Já perto de Diamantina, pudemos reconhecer as montanhas que fazem a fama do nosso estado e também pudemos perceber a estrutura de uma cidade um pouco mais preparado para o turismo. Afinal, com exceção de algumas praias famosas, como Trancoso, Arraial e Porto Seguro, haviamos estado em regiões muito afastadas, pobres e carentes de tudo: estradas, energia, esgoto, Estado, enfim. Sobretudo o vale do Jequitinhonha, que nos surpreendeu pela sua beleza, mas também pela pobreza que ainda encontramos lá. É certo que, depois destes oito últimos anos, as coisas melhoraram muito, mas ainda há muito o que fazer.
Em Diamantina, aproveitamos para contar um pouco da história do Brasil para o Lionel, nosso amigo francês que fzia a viagem com a gente. Ele - como a gringa em geral - se encantou pela cidade, e disse que volta pra morar lá.
Depois seguimos pelas estradazinhas da região (dizem que vão asfaltar) através de Milho Verde, São Gonçalo do Rio das Pedras (onde conhecemos a nascente do Jequitinhonha), Serro (linda e caipira na medida certa pra nós), e Conceição do MAto Dentro (Já é a 5a vez que visito essa cidade!), para conhcer rios e cahoeiras da região.
Enfim, domingo, 9 de janeiro de 2011, descemos a serra, tomamos a saideira na serra do Cipó e voltamos para a casa! Já estávamos com saudade das nossas terrinhas: Eu, de Pedro Leopoldo-MG, a Bruna, noiva e copilota, de Santa Luzia-MG, e o Lionel da gelada Lille, na fronteira Franco-Belga.
Parabéns!!! Grande aventura...
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Nuno Canastra
Bacana a viagem. Poste mais fotos. Minha família é de Araçuaí.
ResponderExcluirAbraço.
Gustavo